Ainda a propósito dos tais meninos feitos de chocolate... aqui estão eles.
Atenção, está é uma foto censurada porque, de facto, na verdadeira fotografia vê-se o pipi da menina de chocolate porque ela estava sentada no penico quando o menino de chocolate lhe veio dar um beijinho só para ver se lhe arrancava aquela bela bolinha das mãos.
Mas não a levou... que eu lembro-me muito bem.
24.9.07
Ainda a propósito...
Escrito pela Ri às 10:47
fatias de momentos 0 cerejas no topo do bolo
20.9.07
I'm still waiting in line
Nao que eu adore a Natasha, nao adoro, muito pelo contrario ela irrita-me um bocado e acho que tem cara de cavalo.
No entanto, e talvez por ser um bocado aficcionada em The Hills, adoro esta musica, pronto.
O blog esta em grande, hein? Ja nao ha razao para queixas!
(Sorry pela falta de acentos mas e do site).
Escrito pela Ri às 11:48
Era uma vez ...os 4
Porque nem todas as aventuras são a 5 e nem todas imaginadas pela Enid Blyton ou pela Isabel Alçada. Há aventuras que são a 4 e que são tão maravilhosas quanto as que líamos em crianças. Melhores ainda, porque foram verdade.
Se calhar podia escrever um livro sobre elas, ou tantos livros quantos são os livros de Uma Aventura. Já nem sei quantos são, que lhes perdi a conta e o interesse perto do 50, mas as aventuras destes 4 foram com certeza muitas mais.
Talvez não tenham tido bandidos nem pistolas, raptos nem ameaças, mas tiveram a parte boa que nos fazia querer voar para dentro dos livros, e que me fazem a mim, tantas vezes, querer voltar atrás no tempo.
Eles eram 4. Três amigos e um cão. Juntos passaram momentos únicos, que mais ninguém testemunhava porque ninguém acordava tão cedo quanto eles, ninguém nadava tão longe, ninguém subia tão alto.
Eram eles um avô, dois netos e um cão. Numa família de gente, já de si, morena, eles eram os 3 quase negros como carvão. Os dois netos, e melhores amigos, pareciam dois pretinhos de caracóis no ar, com a pele escura do sol e do pó que se agarrava no meio de tantas aventuras.
Chamavam-lhes meninos de chocolate, mas mais a ele que a ela, que o Tico-Tico sempre foi mais moreno.
O palco das suas aventuras era, sem sombra de dúvidas, a Arrábida. Era aí que se encontravam, Verão ou Inverno, fizesse chuva ou fizesse Sol, fossem 4 semanas de férias ou fossem pequenos fins-de-semana alternados.
Eram tantas as madrugadas em que o avô os acordava para irem até à praia ver o Sol nascer no mar... Custava-lhes sempre sair da cama, diziam sempre que não queriam, mas acabava sempre por compensar...
O Cognaque a correr pela areia e nós os 3 a ver a sorte que tínhamos por termos uma casa no paraíso, por termos um sítio onde as aventuras eram ifinitas e, sobretudo, por ainda serem 7h da manhã e o dia ainda mal ter começado!
Fosse nadar até tão longe, fosse construir castelos na areia, fosse subir a serra a pé, até ao convento, para depois descer de rabo e chegar a casa uma bolinha de lama. Fosse ir a Alportuche apanhar pedras para os canteiros da avó, fosse abrir caminhos pelo meio das árvores que a Natureza teimava em fechar.
Nada os parava, nada nos parava. Eramos incansáveis.
Dos 4, já só resta um, só ela.
Uns partiram quando já estava na hora e outro muito, muito antes de ser suposto, mas hão de estar sempre juntos, e a Arrábida vai estar cá para testemunhar.
O dia 20 de Setembro era o dia de anos do Cognaque, mas também o da Rita. E ainda bem que era o dia de anos do Cognaque, senão nunca ninguém se ia lembrar dos anos dela, pelo menos é o que dizem, ainda hoje. E eu não me importo, sempre soube que era a brincar.
Neste dia voltam sempre as saudades das trocas entres ossos e presentes de anos. Voltam também saudades das aventuras a 4, sempre com um misto de pena de não termos aproveitado tudo tanto quanto deviamos e com uma pitada de raiva e dor por nos levarem pessoas que ainda deviam cá estar.
Ainda assim, parabéns Cognaque, que faria hoje 23 anos!
Escrito pela Ri às 10:12
fatias de devaneios 3 cerejas no topo do bolo
19.9.07
Chega de fingir
Estou farta de fingir. Não sei sequer porque é que tenho tido esta atitude nos últimos tempos, se é uma defesa para aguentar os dias que passam, se é consequência de ter passado tanto tempo com uma pessoa que competia comigo em todos os aspectos da minha vida e me fez não mostrar o que sentia em tantas coisas, para não sentir que estava sempre a perder.
Mas agora não tenho competições na minha vida e neste momento preciso de desabafar, nem que seja só por hoje. Preciso de dizer que chega, que basta de fingir que estou feliz no meu trabalho. Porque não estou. Odeio isto. Odeio.
Odeio tudo aqui. Não odeio tanto o trabalho que tenho, que até é tolerável, mas odeio a forma das pessoas aqui trabalharem. Odeio estar rodeada de gente obsoleta e envelhecida que se recusa a evoluir, que tem técnicas erradas e que vão contra tudo o que eu estudei.
Odeio as conversas, já odeio até os passos, as vozes, os toques do telemóvel. Meu Deus! Os toques do telemóvel! Os telefones que não param e as conversas que são fúteis, vazias e desnecessárias.
Amanhã é o meu dia de anos e eu estou tão agradecida por tudo o que tenho, estou tão feliz por fazer anos, por estar rodeada de bons amigos que me fazem sentir lindamente. Mas tenho mesmo que dizer uma frase que me tem vindo à cabeça cada vez mais frequentemente:
No meu dia-a-dia, no meu trabalho, no sítio onde passo mais tempo acordada do meu dia, eu estou profundamente infeliz. Sou profundamente infeliz aqui sentada nesta cadeira encarnada, nesta sala linda de morrer decorada à minha medida, que eu trocava num abrir e fechar de olhos por um open space partilhado com 50 pessoas, desde que o meu trabalho me motivasse.
Não consigo fingir mais que tudo corre bem.
Tento-me concentrar diariamente nas partes boas, nos meus almoços ao sol, na proximidade de casa, de amigas com quem posso almoçar, do restaurante do meu pai, mas não dá. Todos estes pormenores são apenas suficientes para me darem força para me levantar da cama todas as manhãs e vir para aqui, automaticamente, mas não são suficientes para me fazerem feliz. E eu até achava que tinha o direito de ser feliz!
A minha mãe mudou agora de emprego e é impressionante ver uma pessoa de 52 anos a ir para um emprego em condições absolutamente inesperadas e ainda por cima fazer uma coisa que ela adora, com pessoas de quem gosta e com um ambiente que, finalmente, vai ser maravilhoso. E porquê?
Porque é óptima, claro, mas sobretudo porque teve oportunidade de mostrar que era óptima.
Se calhar eu até sou óptima, não sei, mas eu nem tenho oportunidade de o mostrar a ninguém!
Porque é que ninguém quer sequer tentar ver se eu até tenho jeito para alguma coisa?
Pior ainda, porque é que ninguém, sequer, me diz que NÃO quer sequer ver se eu sirvo para alguma coisa?
Já não me interessa quem é que lê o meu blog, se amanhã chego cá e se todos, por coincidência, até vieram cá ver o que eu escrevi. Nem quero pensar em chegar aqui amanhã.
O que me interessa é que vou fazer anos e que, quando penso no meu trabalho, me sinto a pessoa mais infeliz do mundo inteiro. Apetecia-me levantar agora da cadeira, chegar ali ao gabinete do lado e dizer mesmo: "Sabe uma coisa? Sou completamente infeliz aqui."
Tenho isto entalado na garganta, mas vou-me controlar porque não é assim que as coisas funcionam e, sinceramente, não sei se será muito grande o interesse das pessoas que aqui estão em saber da minha felicidade ou da minha infelicidade.
Vou continuar a concentrar-me nas partes boas da minha vida, a minha família espectacular, as minhas amigas de sonho, os meus anos amanhã, a minha festa na 6ª, o meu dia de anos surpresa no Sábado, o meu globo que estou ansiosa por receber, a minha viagem a Macau, a minha PG já a começar na 2ª...
E da próxima vez que me perguntarem o que é que eu estou a fazer, vou continuar a responder, com um sorriso na cara: "Trabalho numa agência de marketing! Gosto imenso!". Porque é assim que eu sou, porque se deixar de ser assim, deixo de ter força para aguentar o meu dia-a-dia.
Posso apenas rezar e esperar para que não seja assim durante muito mais tempo.
Escrito pela Ri às 18:02
fatias de devaneios 0 cerejas no topo do bolo
18.9.07
With or without?
Esqueci-me de dizer que, quando disse à minha avó que queria um globo, a única reacção que ela teve, como pessoa absolutamente perfeita que é, foi: "Claro querida. E quer com ou sem luz por dentro?"
- "Sem luz, obrigada, avó!"
Escrito pela Ri às 09:43
fatias de devaneios 2 cerejas no topo do bolo
17.9.07
Um mundo de presentes
Estou ansiosa pelo meu globo. Não preciso que ele seja gigante, só quero que tenha tamanho suficiente para eu conseguir ver todos os países do mundo. E tem que ser actual, fiz questão de dizer isso à minha avó. Não quero cá Jugoslávias, Rússias mil vezes maiores do que são hoje em dia nem países inexistentes.
E depois vou colar com uns autocolantes muito pequeninos que são só umas bolinhas coloridas, que eu tenho lá para casa porque antigamente a minha mãe organizava os CDs por tipos de música, quando os CDs eram novidade. Autocolantes verdes para os sítios onde eu já fui, autocolantes azuis para os sítios onde eu quero ir, autocolantes encarnados para os sítios onde estão os meus pen-friends, que provavelmente também devem ser sítios onde eu quero ir.
Nem sei onde o vou por, porque não tenho mais espaço no meu quarto para o que quer que seja, quanto mais para um globo terrestre!
Só agora é que referi que o globo seria terrestre, mas foi porque me pareceu óbvio... haverá, sequer, mais algum tipo de globo?
Moral da história: tenho falado tanto do globo que, se alguém pensava em oferecer-me um, já não é preciso que a minha avó vai-me dar. Mas obrigada à mesma e podem-me sempre dizer "por acaso até te ia oferecer!" que eu fico radiante por saber a intenção, porque era mesmo aquele presente com o qual eu me iria passar. Desde que seja verdade, claro!
Escrito pela Ri às 10:57
fatias de devaneios 0 cerejas no topo do bolo
12.9.07
Setembro
Adoro Setembro. Não sei se consigo explicar bem porquê.
Ah, é porque fazes anos!
Não, não é por fazer anos. Se bem que adoro fazer anos.
Setembro sempre foi, para mim, o regresso à vida, à rotina, a Lisboa.
Enche-me uma calma inexplicável que me diz que o Verão já passou mas que nem faz muito mal, porque agora até já apetece um bocadinho de Inverno.
Só um bocadinho, podia ser só um mês, mas apetece.
E é por isso que esta noite está a chover como já não chovia desde o Inverno passado e nem me incomoda. Uma tempestade linda e uns relâmpagos estrondosos que, sem assustarem, assustam sempre um bocadinho.
Talvez seja por eu adorar novos inícios. Novas oportunidades de começar sempre de novo.
Setembro sempre teve, para mim, mais peso como início de um novo ano do que a passagem de ano propriamente dita.
É em Setembro que voltamos a entrar em grande na nossa vida, é em Setembro que fazemos planos para a longa jornada que é o Inverno. Que não passa de uma série de meses em que, ao contrário do Verão, passamos mais tempo a cumprir obrigações do que a descansar.
É quase como se fossemos hibernar. Entrar nesta fase do ano que é mais automática que outra coisa qualquer. A contar os dias para todas as pequenas oportunidades de nos divertirmos um bocadinho mais que o normal. Venha o Natal, venha a Passagem de Ano, venha o Carnaval e depois, finalmente, que comece a vir o bom tempo para que possamos deitar cá para fora o nosso espírito tão português que não é o mesmo quando o sol não brilha.
Ainda assim, e mesmo sabendo que se aproxima a época mais difícil do ano, adoro Setembro.
Para já, Setembro ainda é Verão.
É em Setembro que são aqueles últimos dias de praia em que já vestimos uma camisola antes de o Sol se por. É em Setembro que os banhos quentes começam a saber melhor, logo de manhã, porque já saímos da cama com um bocadinho de frio. É em Setembro que reencontramos toda a gente que não vimos durante o Verão ou, mesmo que tenhamos visto, é em Setembro que nos voltamos a ver em Lisboa, que é sempre totalmente diferente.
Em Setembro gosta-se sempre mais de Lisboa.
E este ano não houve grandes férias em destinos longínquos e ainda assim Lisboa parece-me a cidade ideal para se estar este mês. O movimento aumenta mas ainda não há caos. Os que tiveram férias começam a chegar, uns atrás dos outros, e estranhamente tenho tantas aventuras de férias para contar como as que sempre tive nos últimos anos.
O velho cliché que dizia que o que interessa é a qualidade e não a quantidade faz agora mais sentido que nunca e posso até dizer que cheguei a ficar cansada da verdadeira montanha russa que foi a minha catadupa de fins-de-semana de férias.
Mas, claro, não posso dizer que não esteja feliz por fazer anos.
Adoro fazer anos. Adoro mesmo.
E não adoro por nenhuma razão nobre qualquer como querer partilhar este dia com aqueles que fazem com que a minha vida faça sentido, etc etc, apesar de isso ser sempre verdade.
Não. Adoro mesmo porque sou, e vou ser sempre, uma criança que adora atenção, surpresas e muitos, muitos parabéns.
E se todos os anos fico sempre num constante estado de ligeira histeria quando se aproxima o grande dia, este ano isso ainda é mais evidente. E porquê? Porque temos uma festinha!
De facto, não me dedico minimamente a uma festa de anos para mim própria desde os meus 18 anos e, antes disso, a única festa que tive que adorei foi a minha festa surpresa, quando fiz 16.
Óbvio que por festinha falo simplesmente de um pequeno jantar, mas a verdade é que estou entusiasmada e é a primeira vez que isso me acontece em imenso tempo.
Não me apetece fazer nada de formal nem nada de importante, quero simplesmente poder jantar e saber que as pessoas que estão comigo estão lá porque querem festejar comigo o meu dia de anos (ou o dia seguinte, neste caso). E não é esse o objectivo de qualquer jantar de anos?
Voltando a Setembro.
Quem me dera que este espírito de Setembro durasse mais tempo.
Esta felicidade pelo Verão que passou e esta ansiedade por tudo o que se aproxima.
Tantos projectos, tantas hipóteses.
A Pós-Graduação a começar e eu tão entusiasmada que já estudo como se tivesse exame no primeiro dia de aulas, a viagem a Macau que está à porta e eu que vou finalmente matar esta bola gigante de saudades do meu irmão e da Mary.
Acho que é sobretudo esta vontade enorme de viver todos os dias que me esperam, sempre com força para continuar a aprender à custa de tudo o que me rodeia e sempre à espera daqueles momentos especiais que fazem com que dias inteiros valham a pena. Como um banho quente na primeira manhã fria do fim do Verão.
Escrito pela Ri às 01:18
5.9.07
Ler - Uma ligeira crítica dura e fria
Escrito pela Ri às 16:30
fatias de devaneios, livros lidos 8 cerejas no topo do bolo