24.10.08

Your Result: Pablo Picasso

A grande sapiência que é o Facebook decidiu que eu, numa vida passada, fui o Picasso.
Só é pena todo e qualquer jeito artístico que não seja para colorir, actividade que aprecio bastante e na qual sou muito forte, tenha desaparecido nesta minha segunda reencarnação.


In your past life you were Pablo Picasso. In this life you continue to be revolutionary, stubborn, an active lover, enjoy breaking the rules, and reactly poorly to heartbreak.



Penso que nunca será tarde para referir que descobri em mim uma capacidade inata para remar.
Nomeadamente canoagem.
Nomeadamente a descer o Rio Zêzere.
Nomeadamente com a Manicas como parceira de canoagem.


Na verdade, posso mesmo dizer que só não sou campeã mundial de canoagem porque a minha mãe achou que esse era um desporto mais razoável para o meu irmão Filipe, enquanto que a mim me esperavam anos de tortura na ginástica rítmica, em que a professora para nos estalar os ossos nos fazia deitar em fila de barriga para baixo com os braços esticados para a frente, colocava-se de pé "em cima de nós", ou seja, com um pé de cada lado do rabo, agarrava-nos nas mãozinhas e puxava-nos os braços e o tronco tão para trás até nos saltarem lágrimas de dor. E estavamos aquecidas!


17.10.08

Se cresceste nos anos 90...

(Recebi este mail perfeito)

Se cresceste nos anos 90...

- Ainda te lembras de quando valia a pena acordar cedo para ver desenhos animados --> Lembro muito bem!

- Sabes de cor a música de pelo menos 4 canções da Disney --> Ou mais! Ainda ontem entrei na loja da Disney no Colombo, e estava a dar a música do Aladino e fiquei em histeria absoluta!

- Fazias aquelas coisinhas de papel para ver com quem é que te ias casare os 'quantos queres?' --> ...ainda faço quantos-queres sempre que estou desocupada com uma folha de papel à frente. Mas fazia a chamar nomes às pessoas, tipo "gordo", "gira", "chimpanzé".

- Cantavas as musicas das Spice Girls, mas não sabias bem o que é que estavas a dizer --> Já não era criança propriamente dito... e falo inglês desde cedo por isso até percebia o que dizia... Mas cantava!

- Sabias que a Power Ranger cor de rosa e o verde ainda iam acabar juntos --> Não tenho essa ideia, mas adorava Power Rangers

- Não perdias um episódio do Dragon Ball --> Médio

- Tiveste, pelo menos, um Tamagotchi --> Não tive não senhor, ainda hoje falei sobre isso, mas lembro-me dessa fase! (E ainda bem que não tive)

- Sabias as músicas dos Onda Choc de cor 'ele é o reiii, eiii, eiii' --> Óbvio. E dos Mini Stars

- Ainda és do tempo em que a Anabela cantava 'quando cai a noite na cidadeee'... --> Muito

- Brincavas aos Polly Poquet! --> Muito mesmo!

- Ainda te lembras da coreografia da Macarena --> Se tentar... chego lá!

- Gritavas 'Olhós namorados, primos e casados! --> Confere

- Choraste quando o Mufasa morreu e, se for preciso, voltas a chorar se voltares a ver o filme outra vez --> Certamente

- Tururururu Inspector Gadget Tururututu! --> lol

- Ainda te lembras de ver a tua mãe ou a tua avó a chorar a ver o 'Ponto de encontro' --> Por acaso não.

- 500 escudos dava para tanta coisa! --> Muita mesmo!

- 'Bem-vindos ao mundo encantado dos brinquedos, onde há reis, princesas, dragões!' --> Heróis de banda desenhada...

- Todas as tuas decisões importantes eram feitas com um 'pim-pu-ne-ta' --> E ainda são!
- 'Velho' queria dizer qualquer pessoa acima dos 17 anos --> Yupp

- Conheciass pelo menos uma pessoa que tinha daqueles ténis com luzinhas! --> Felizmente andei num colégio e os sapatinhos eram discretos. Mas tenho ideia.

- Quando ias ao cabeleireiro, a tua mãe dizia-te que ficavas linda de 'poupa'; --> Mesmo!

- Querias sempre um Push-pop e a tua mãe nunca te queria dar porque ficavas todo a colar!!! --> Ainda quero!!!

- Levaste pelo menos um sermão por teres colado o teu 'pega-monstros' ao tecto da cozinha; --> E nas mudanças do carro, e nas paredes, e na televisão, etc

- Trocavas tazzos e matutolas; --> Mas era sempre enganada!

- Vias o Zig-Zag, e o Buereré. --> Óbvio, até os meus irmãos virem mudar de canal

- Vias o Riscos, no canal 2, e sentias-te muito mais crescida. --> Adorava! Adoro!

- Achavas piada ao 'quarto-escuro'; --> Era o auge! Jogámos no Alentejo em casa da Ana há coisa de dois anos e foi das noites mais divertidas de sempre!

- Respondias aos insultos com 'quem diz é quem é!!' --> Lava a boca com cholé! O teu pai é jacaré!

- Lembras-te de ver os Simpsons e de não perceberes porque é que, sendo desenhos animados, não tinham graça nenhuma; --> Ainda penso isso, mais ou menos, sorry...

- Viste o Rei Leão, e os 101 dálmatas. --> Duh

- Já te apercebeste que já não és uma criança, e que sabe bem recordar os momentos que já passaram...

16.10.08

spoiled

Ok estava a ser mimada.
Que é o que eu sou, mas pronto.
A tristeza ainda deu lugar a lágrimas, já no carro da minha mãe a caminho do stand.
Porque é que não liga à Madalena? É ao lado de casa dela! Já liguei... ela disse que sim mas está em casa com o namorado, de que é que serve irem os dois? Um deles terá que ficar de fora e o que eu queria era alguém que desse uma volta ao quarteirão comigo...
Mas peça-lhe!
Não... não quero chatear. Percebi pelo tom de voz que estão bem em casa.
Você é tão confusa!
Não sou confusa mãe, não gosto de incomodar!
Mas nem tenta!
Mas eu já tentei, já ouvi o tom de voz dela, ela está bem em casa! E está com o Maxi, não me apetece que vão os dois, não cabem!
E o pai?

O pai... o pai... (nem me tinha lembrado do pai... era perfeito!) ...o pai às 2h30 está sempre ocupadíssimo, nem me lembrei... não lhe deve apetecer.
Que parva! Eu ligo por si!

ÓBVIO que o meu pai ficou radiante e histérico (tão histérico quanto um pai fica que é, portanto, sorridente) e lá foi comigo e deu voltinhas comigo e viu tudo comigo e tudo o que eu eventualmente não tiver percebido da minuciosa explicação que durou uma hora, ele há de ter decorado porque... é o meu pai!

Love my car.
Love my daddy.
I'm so spoiled.

not so smart

A culpa é minha, toda minha.
Sou apressada, não consigo esperar pelas coisas boas e como não pude ir buscar o carro ontem, marquei para o mais cedo possível hoje. Duas e meia da tarde. Não dá com nada. Mas não conseguia aguentar até ao final do dia, era impensável, não aguento mais!
Já passaram 3 meses desde que o encomendei e entre acabar o stock, a fábrica fechar em Agosto, ele ser feito em Setembro (é Virgem como eu!) e só chegar em Outubro, fazer o seguro, o banco autorizar a recolha… Era impensável pedirem-me que esperasse.
Mas agora, por culpa minha, vou buscá-lo sozinha.
A minha mãe ainda me leva lá mas tem uma reunião e portanto não vai comigo. De todas as pessoas ainda acho que era ela quem eu mais gostaria que me fizesse companhia, apesar de ultimamente nos darmos como cão e gato e de eu estar à beira do desespero por não saber como gerir esta situação e me sentir constantemente dividida entre a vontade de me passar com ela dia e noite e a vontade de dar graças a Deus por ao menos ter uma mãe…
Ainda assim, sozinha é que não.
Quase que perco vontade de ir.
Por um lado estou histérica, por outro só de me imaginar a entrar dentro do meu Smart… carregar em todos os botões, por o primeiro CD, aprender como tudo funciona… fazer tudo isso sozinha, para mim, não faz sentido.
Acho que não fui feita para celebrar grandes momentos sem ter alguém ao meu lado com quem os partilhar. Seja quem for.
E aí a culpa também é minha, a tal mania de viver tudo muito, de sentir tudo muito, de celebrar tudo como se fosse uma grande festa. Mas isso já é feitio e eu gosto de ser assim e é engraçado porque estava eu a folhear uma revista dessas muito femininas que folheamos aqui no escritório depois de almoço para ver a publicidade feita pela concorrência quando vejo um pequeno artigo, que era mais um pequeno quadradrinho com uma lista, que dizia: “10 regras para ser feliz”. Faziam todas sentido, lembro-me disso, de resto lembro-me de pouco mais a não ser que lá estava, em quarto lugar, “festejar cada momento e cada aniversário de todas as pequenas coisas”.
E eu faço isso, claro que faço. Os anos da inauguração do meu quarto, que ganhei quando o meu irmão mais velho saiu de casa e eu saí do meu quarto ainda mais pequenino. Os anos do Pudim. Os anos da carta de condução. Os meus anos, que adoro. Os anos de toda a gente, que normalmente vivo mais do que os próprios aniversariantes. Os anos do meu piercing do nariz. Tudo.
Mas porque há sempre alguém com quem festejar, alguém a quem dizer, alguém que se ri da minha parvoíce, da minha criancice eterna.
Agora sozinha?
Sozinha não tem graça.
E sou a pessoa mais estúpida, egoísta e fútil do mundo porque tenho a sorte inacreditável de ter um carro novinho em folha, escolhido por mim, pago por mim, à minha espera no stand, e ainda assim estou profundamente infeliz por não ter ninguém que vá viver comigo o momento em que vou entrar lá dentro pela primeira vez.

15.10.08

My Chubby


Eu sei que parece estúpido dar tanta importância ao nome que se dá a um carro, mas a verdade é que consegui criar uma identidade tão forte com o Pudim que ele era quase uma pessoa... Ou pronto, uma pessoa também não, mas uma identidade, uma presença, uma companhia.
Nunca ninguém o tratou por carro, por Peugeot, por 106... não. Era o Pudim.
Óbvio que o nome surgiu inicialmente como resposta à matrícula PD que, em francês, tem um significado menos simpático.
Após analisadas as milhentas opções que estas duas letras oferecem (padre, pedra, pedro, podre, etc), tive que puxar pela cabeça porque a tendência geral era para que ficasse Peido. E Peido ninguém se quer chamar, nem um simples 106 branco saído das mãos de uma velhota para o meio de uma discussão constante entre dois irmãos que reclamavam a sua posse.

Pudim surgiu e Pudim ficou, e Pudim será para sempre, mesmo depois de morrer que estes carros assim com personalidade não vão para a sucata, simplesmente morrem. Mas este de qualquer forma não morre porque vai viver para Évora com uma tia que me vai pagar tuta e meia por ele. O suficiente para pagar o rádio do Smart e mais umas dívidas com a senhora minha mãe.


Mas falando do Smart. Precisa de um nome!
GP é uma matrícula fácil até, mas as hipóteses não têm sido fabulosas. Toda a gente parece ter uma opinião muito final, mais final até que a minha o que não tem qualquer validade porque o carro é meu e já sabemos que quando se trata das minhas próprias coisas a democracia fica para trás. Ainda assim, estou aberta a mais sugestões do que aquelas que levo a votação aqui do lado direito!

14.10.08

Rita not Ri

Que mudança!

Algo tão simples como entrar no Messenger pela manhã e mudar o nick de Ri para Rita parece ter um efeito avassalador nos mais atentos amigos.
Realmente entrei, olhei para aquele “Ri” sempre sorridente e não me consegui identificar. Há dias assim. Dias em que sou Rita, mais nada. Felizmente, já lá vão os tempos em que não tolerava que me chamassem Rita e dizia que sempre tinha sido Ritinha, ou RyTyNhA, ou lá o que era.
Por isso sou Rita. E hoje é assim.

Que mudança? Dizem-me de um lado… Sim, até tenho andado radiante mas tem sido uma radiância cujo fundamento não está a ser suficiente para iluminar tudo o resto que se vai apagando inevitavelmente. Mas já passa, respondo sempre isto. Já passa, acordei só com os pés de fora, coisa que, já agora, nunca irá acontecer porque a minha cama tem uma barra de madeira aos pés e os pés não podem sair de fora e sair pelos lados é absolutamente estúpido porque eu tenho tendência a dormir, bem quietinha e vá-se lá saber porquê, no centro da cama.
E isso leva-me a lembrar que decidi que ao fazer 24 anos ia deixar de dormir com o meu urso de peluche com o qual durmo desde os 18. Era um grande passo, tinha decidido que tinha que assinalar este aniversário com um objectivo qualquer. Nesta altura do ano era sempre o regresso às aulas e era sempre quando eu estabelecia novos objectivos que me fizessem melhorar qualquer coisa. Falhou redondamente, sobretudo porque nem tentei. O outro objectivo que tinha estabelecido corre melhor, decidi que ia passar a baixar a tampa de retrete. Não a tampa que os homens levantam, claro está, essa nunca levanto na vida, mas a de cima. Nunca tive esse hábito, não sei bem porquê. Mas sempre que entro numa casa-de-banho e o tampo da retrete (tampo? ou tampa? retrete? ou sanita?) está para baixo, penso para sempre “olha que agradável, a pessoa que aqui esteve era uma pessoa cuidada!”.
E então decidi aos 24 anos que ia ser capaz de mudar um hábito tão primitivo como ir à casa-de-banho automaticamente e acrescentar-lhe um pequeno gesto que provaria que não só consigo ser mais atenciosa como também posso provar que a teoria dos homens que se casam e dizem “não consigo baixar o tampo da retrete porque nunca baixei na vida e não me consigo habituar” é totalmente falsa porque também eu passei a fazê-lo mesmo sem nunca estar habituada. Isto sou eu, mesmo sem pretendente, já a preparar-me para as discussões do meu longínquo, se possível, casamento.

Rita not Ri. Why? Não me sinto Ri. Strange. Adeus. Beijinhos. Offline. Isto é o que oiço de outro lado.
Mas provavelmente offline a fingir que é uma coisa muito bonita de se fazer e uma maneira muito atenciosa, quase tão atenciosa como baixar o tampo da retrete, de se dizer “eu cá é que decido quem é que tem o privilégio de poder comunicar com a minha distinta pessoa, não estou disponível para qualquer um que ache que tem o direito de me importunar com os seus meros olás”, ou ainda “eu quero-te dizer qualquer coisa e até digo mas afinal não me apetece que respondas porque estás a ser estranha porque mudaste o nick de Ri para Rita por isso vou-me por offline a fingir para continuar com as restantes conversas interessantes (provavelmente 6) enquanto que tu achas que me fui embora e não me incomodas mais”. Mas tive uma ideia, só uma, se calhar antipatia logo pela manhã até dispenso!

Fora isso, nada a declarar. A minha vida é uma montanha russa e não posso estar sempre na fase do looping senão era um enjoo total e não lhe dava valor, deixava de sentir as cócegas na barriga e perdia a noção da realidade. Eventualmente chegam as partes em que se tem que ir em frente mais devagar, por as ideias no lugar e prepararmo-nos para mais uma descida alucinante.

Ah, e este blog anda morto. Já ninguém deve ler nada. E eu até tenho pensado em coisas para escrever mas… não tem dado.